quarta-feira, fevereiro 08, 2006

É de lamentar a falta de “visão” de alguns!

Como diz o Povo “o maior cego é aquele que não quer ver” e quanto a esta realidade nada se pode fazer, sobretudo quando o que conta é, tão somente, o “umbigo” do próprio.
Assim, permitam-me que faça uma breve retrospectiva:
A UPOOP foi criada em 1979 por um grupo de Ópticos que tinham “descoberto” a Optometria e por entenderem, que essa descoberta não deveria ficar só com eles decidiram criar em 1980 a EPOO - Escola Portuguesa de Óptica Ocular e através dela ministrar o Curso de Óptico-Optometrista.
Perseguindo a perfeição, coligiu os curricula dos cursos superiores de Optometria existentes na Europa e na América, adoptou-os e propôs a várias Universidades a sua criação.
Entretanto os Cursos de Optometria continuavam a ser ministrados pela EPOO, em Lisboa e no Porto. Porém, por pressão dos Oftalmologistas, foi exigido que a EPOO “transformasse” o Curso de Optometria num de Ortóptica, o que a EPOO e a UPOOP se negaram fazer.
Aproveitando a Lei da Autonomia das Universidades, as Universidades do Minho e da Beira Interior aprovaram a criação do Curso de Física Aplicada — ramo Óptica com especialização em Optometria em 1988, tendo sido efectuados dois protocolos entre a UPOOP e as duas Universidades.
Pensava a Direcção da UPOOP que tinha alcançado o instrumento que lhe faltava para conseguir, finalmente, a Regulamentação da Profissão de Óptico-Optometrista.
Nesta perspectiva decidiu deixar de ministrar o Curso profissional de Óptico-Optometrista.
A UPOOP tem-se dedicado empenhadamente à Regulamentação da Profissão. Mas, os anos foram passando, as estratégias falhando e todas as esperanças se foram esvaindo, Governo após Governo, Ministro após Ministro. E já todos “brincávamos” com o Projecto de Regulamentação da Profissão, contudo sendo “a esperança é a última a morrer” a Direcção nunca deixou de acreditar.
A UPOOP mantém a sua postura e honra os seus Estatutos, por uma lado ministra cursos para Técnicos de Óptica Ocular e para Contactologistas, organiza Seminários e Congressos de elevado e reconhecido teor científico, por outro lado, trava várias batalhas a nível político, nomeadamente contra a proposta de Lei Reguladora do Acto Médico, e por todas as formas ao seu alcance vem insistindo na necessidade de Regular a Profissão sempre respeitando a ética e sobretudo a autonomia do Óptico-Optometrista.
Estamos em 2001 e após mais uma série de reuniões da UPOOP com o Departamento de Recursos Humanos da Saúde, entretanto alargadas à Ordem dos Médicos e por nossa proposta à Associação de Profissionais Licenciados em Optometria e à Associação Nacional dos Ópticos, constata-se que, mais uma vez, a desunião de uns, faz a força dos outros e tudo fica na mesma.
Treze anos tinham decorrido desde a criação das licenciaturas e todas as esperanças de Regulamentação da Profissão se tinham gorado, mas outra hipótese surgiu no horizonte: a transformação da UPOOP numa Associação de Direito Público ou melhor, uma Ordem.
Novo alento se apossou da Direcção da UPOOP e uma estratégia foi definida.
Assim, tendo em conta a experiência de outros países onde a profissão foi recentemente regulada e o que aconteceu com outras profissões no nosso país, como por exemplo a Regulamentação dos Contabilistas e Técnicos de contas, foi decidido:

a) Reciclar, todos os profissionais interessados, Técnicos de Óptica e Contactologistas em Optometristas;
b) Criar uma Associação de Direito Público (Ordem) dos Ópticos-Optometristas.

Desta forma poderíamos alcançar a Regulamentação da Profissão tal como todos a desejamos: uma profissão dos cuidados básicos de saúde, com a actividade profissional bem definida e cujos profissionais sejam livres e independentes de qualquer outro profissional.
Este foi o motivo pelo qual a Direcção da UPOOP, contra tudo e contra todos, decidiu fazer os Cursos de Formação em Optometria — Reciclagem de Técnicos de Óptica Ocular e Contactologistas, cujo curricula tem por base o do “Diploma Europeu em Optometria” e o da Universidade Complutense de Madrid.
Mas, nada disto interessa aos críticos destrutivos, pois o importante são eles.
Em consciência e por provas dadas na prática, podemos afirmar que os profissionais que concluíram este curso têm um desempenho profissional ao nível dos que fizeram uma das licenciaturas. E é isto que tanto custa aos tais críticos, se os cursos não prestassem há muito que não se ouvia falar deles.
Explicado, mais uma vez, o motivo pelo qual a UPOOP criou este novo curso, necessário se torna dizer que: Ou nos unimos e criamos uma Ordem ou ficamos à espera que seja aprovado um novo “Acto Médico” e todos os profissionais (com licenciatura ou curso profissional) passem a ser dependentes de um Médico.
Portanto, entre muitos outros, tem sido este o trabalho desenvolvido pela UPOOP ao longo dos seus 27 anos de existência e apesar das ferozes e injustas críticas continua a honrar os seus compromissos, trabalhando, agora, com a sua congénere no projecto que acredita ser das duas associações — a Ordem!!!!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

19º CONGRESO INTERNACIONAL DE OPTOMETRIA, CONTACTOLOGIA Y OPTICA OFTÁLMICA

Exmos Senhores,

informamos que o prazo para as inscrições do Congreso Internacional do CNOO de Optometria, Contactologia y Optica Oftálmica, foi alargado até dia 10 de Fevereiro.

Podem consultar toda a informação sobre o Evento na página:

www.cnoo.es/congresso