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12 de OUTUBRO de 2017
- DIA MUNDIAL DA VISÃO
O Dia Mundial da Visão (World
Sight Day - WSD) é um dia anual de consciencialização, que tem lugar na segunda
5ª feira de Outubro, e que pretende direcionar a atenção do mundo para a
cegueira e as deficiências visuais. É promovido pela Agência Internacional para
Prevenção da Cegueira (IAPB) em parceria com a Organização Mundial da Saúde
(OMS).
2017 é o 5º ano do Plano de Ação
Global da OMS, que decorre de 2014-2019, e a IAPB convida e encoraja todos os
que trabalham na área da saúde visual e ocular a continuar a dinamizar o tema
«Saúde Visual Universal», sendo que o tema específico para este ano é:
«Make Vision Count»
Algo como «Tenha em Conta a
Visão». Mais detalhes em:
Partindo da triste realidade que
90% da população mundial com deficiência visual vive em países em desenvolvimento,
o Plano apoia a disponibilização de serviços de saúde visual e ocular, eficazes
e acessíveis, para controlar, de forma eficaz, a deficiência visual, incluindo
a cegueira.
De todas as causas mais
frequentes de deficiências visuais, a mais relevante, representando 42% do
total, são os erros refrativos e a necessidade de óculos!
A OMS define um sistema de saúde
como «todas as organizações, pessoas e
ações cujo objetivo principal é a promoção, o restabelecimento ou a manutenção
da saúde» (World Health Report 2000. Geneva: World Health
Organisation; 2000. World Health Organisation) e recomenda o fortalecimento da
prestação de serviços de saúde visual e ocular através da respetiva integração
nos sistemas de saúde em vez de serem prestados através de uma abordagem de
programa vertical.
Tradicionalmente, os cuidados visuais têm sido implementados
como uma entidade separada dos restantes cuidados de saúde, embora a estratégia
VISÃO 2020 tenha vindo a promover, extensivamente, a integração dos serviços de
cuidados visuais.
Este programa, «VISÃO 2020: O Direito à Visão», pretende
eliminar a cegueira evitável até ao ano 2020. Este objetivo nunca será
alcançado até 2020 se os serviços de cuidados visuais atuarem isoladamente. Os
profissionais que trabalham com cuidados visuais e oculares têm de se envolver
com a população mais alargada de profissionais dos sistemas de saúde, para identificar
formas de interagir com os seus pares, influenciar os responsáveis pela tomada
de decisão e defender a mudança.
Desacelerar ou, até, parar o aumento da magnitude da
cegueira, devida a doenças oculares não notificadas, tais como glaucoma e
retinopatia diabética, depende da prevenção e da deteção precoce, e aumenta a
urgência de passar de programas verticais para programas horizontais mais
integrados.
Esta alteração é tão mais provável de ocorrer, de ser eficaz
e sustentável se for adotada uma abordagem de reforço dos sistemas de saúde.
Os serviços de cuidados oculares e visuais podem ser
prestados através do setor privado, de organizações sem fins lucrativos, ou do
setor público, em instalações, ou em serviços de proximidade, por profissionais
de cuidados visuais ou por voluntários em cuidados visuais, através de
programas verticais ou horizontais.
A principal questão nos cuidados de saúde é o acesso e a
procura.
O acesso aos serviços e a cobertura das necessidades são
influenciados pelo modelo de prestação de serviços adotado pelo país. Isso
engloba, por exemplo, o nível de descentralização do sistema de saúde (ou seja,
a que nível do sistema de saúde são tomadas as decisões), a distância
geográfica entre as unidades de saúde e os residentes (por exemplo, quantas
unidades estão disponíveis por unidade populacional), a gama de serviços disponibilizados
nos diferentes níveis do sistema de saúde (por exemplo, quais os serviços
disponibilizados pelos profissionais de cuidados visuais ao nível da
comunidade, quantos optometristas devem existir a nível municipal/distrital,
quantos oftalmologistas, etc.) e o nível de qualidade dos cuidados
disponibilizados por essas unidades de saúde.
De um modo geral, a função da prestação de serviços
encontra-se sob a responsabilidade geral do Ministério da Saúde, embora os
prestadores de serviços, os financiadores e as organizações não-governamentais
(ONGs) tenham, decididamente, um importante papel a desempenhar.
Ao longo dos últimos 38 anos, a
UPOOP tem vindo a lutar pela dignificação da profissão de optometrista em
Portugal, quer ao nível da formação básica e contínua dos profissionais, com um
enquadramento técnico-científico cada vez mais exigente, quer na área da defesa
da saúde pública, aplicando um Código Deontológico que defende os utentes e
impõe as melhores práticas profissionais, quer ainda no que respeita ao esforço
pela regulamentação da Optometria.
Na data em que se celebra o Dia
Mundial da Visão, a UPOOP congratula-se pelo facto de ter contribuído, e
continuar a contribuir, para que os profissionais de saúde que representa, que
trabalham na área dos cuidados visuais e oculares, possuam as competências
científicas, a idoneidade profissional e a relevância para os objetivos do
Plano de Ação Global da OMS, com impacto em áreas tão diversificadas como sejam
as dificuldades de aprendizagem, os acidentes rodoviários, a detecção precoce
de graves patologias oculares, nomeadamente o glaucoma e a retinopatia
diabética, e o subsequente reencaminhamento para os especialistas médicos, etc.
Gostaríamos ainda de referir a
participação de muitos dos nossos associados em ações solidárias, com alcance
social, junto de populações desprotegidas e carenciadas, realizando rastreios
visuais e doando ajudas ópticas, que se enquadram no esforço global para
diminuição dos 385 milhões de pessoas em todo o mundo que são cegas ou
portadoras de deficiência visual, 80% dos quais representando casos evitáveis,
e quase metade apenas por não terem acesso a correção de erros refrativos
através da utilização de um simples par de óculos.
Neste sentido, para comemorar o Dia Mundial da Visão vai decorrer entre
as 15:00h e as 20:00h na Clínica Universitária de Optometria,
implementada no ISEC Lisboa com o
apoio da UPOOP e da Essilor, um Rastreio
ao Glaucoma, no Campus do Lumiar
(Alameda das Linhas de Torres, 147, Lisboa) aberto ao público.
Enviamos as melhores saudações
optométricas aos nossos associados que, diariamente, «TÊM EM CONTA A VISÃO»!
Bem
Hajam!
Henrique
Nascimento
Presidente
da UPOOP
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